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Os altruístas estão chegando


Quem criou esse bicho?


Muitas teorias tentam explicar como um coronavírus conseguiu paralisar o mundo e produzir a pior crise econômica da história com a morte, por intermédio da doença COVID-19, com 18 milhões de infectados e 700 mil mortes até 3 de agosto de 2020, segundo o painel de monitoramento da Johns Hopkins University. Causando uma quebradeira inimaginável na economia e com reflexos ainda não contabilizados de perdas de vidas, psicológicas e econômicas.

Quem disparou esse processo? Acusações mútuas entre os maiores potências China e USA, teorias da conspiração e muita Fake News.

Fato é que um mundo parou, ruas vazias, shoppings , cinemas, teatro, repartições públicas, bancos e qualquer lugar que produza aglomerações.

As restrições começaram no Brasil a cinco meses e embora não tenha iniciado a decida da curva de crescimento de infecções e mortes, já ocorre o desconfinamento, o que pode acarretar uma segunda onda, como denúncia a Organização Mundial da Saúde.

Para além das mortes causadas, o desemprego, aumento da pobreza e transtornos psíquicos obrigaram a todas classes sociais a mudar seus hábitos e costumes, limitados a sua morada. Os mais privilegiados contaram com os serviços de entrega em sua porta, enquanto os mesmos entregadores que moram em suas comunidades precisaram se organizar para sobreviver.


Novos hábitos


Desta maneira a necessidade cria uma nova forma de lidar com as restrições e dessa maneira a criar novos hábitos, prioritariamente a higiene das mãos, máscaras de proteção e o gosmento álcool em gel, junto com uma outra rotina da casa, lavar louça, banheiros e roupas, até porque foi necessário proteger as domésticas, cuidar dos filhos, os que tem condições de conexão de internet, a ter aulas online, misturadas com as reuniões dos pais em seus teletrabalhos.

Se por um lado temos desempregados e desalentados, por outro temos empregados com jornadas de trabalho que ultrapassam muito as 40 horas semanais.

Tais mudanças precisam se avaliadas profundamente e medir os prós e os contras, equilibrar as jornadas de trabalho, com os afazeres domésticos e a educação dos filhos. O teletrabalho é possível, assim como alguns processos educativos online, mas ainda precisamos de acertos e dosagens.

A diminuição do transporte, tanto público como privado, diminuiu a poluição, barulho e em alguns lugares teve até a volta de golfinhos nas poluídas águas de Veneza, ou animais silvestres passeando pelas ruas das cidades na Europa.

As geleiras polares diminuíram seu derretimento, com menos emissão de CO2, então, de alguma maneira podemos entender que essa paralisação trouxe algum benefício, mais do que isso o sentido de que temos que frear o modo de vida que levamos.

Gosto da teoria de que a COVID-19 é um anticorpo de Gaia, que fez o mundo parar, a custo de mortes e transtornos sem dúvida, mas de alguma maneira precisamos refletir sobre o copo cheio desse momento, a medida que possamos rever nossos hábitos, consumo e principalmente nossa capacidade de colaborar com os outros que precisam tanto quanto nós.


Precisamos de altruístas


Altruísmo é mais do que necessário em tempos de escassez de tudo, dinheiro, comida, trabalho, encontros, afetos e abraços. Colaborar e ter atenção com todos, ajuda mais do que imaginamos, é como aquele alpinista que trava e não consegue mais seguir e vem uma mão e segura, aí o medo e insegurança passa. Algumas soluções a tecnologia consegue dar conta, permite a conectividade virtual, então precisamos estabelecer novas relações e adaptar nossas tecnologias sociais para aplicar com a tecnologia tecnológica.

Estamos em um ponto de mutação, como nos ensina Fritjof Capra, que nos traz as bases da existência e da integração do pensamento e das ações humanas no contexto do desenvolvimento, na busca da equação da vida e do progresso equilibrado e sustentado.

A essa nova forma de lidar com as nossas atitudes, é onde entra a Responsabilidade Cultural, o que fazemos repercutirá em nossos descendentes, trocando em miúdos, tudo que fazemos precisa ser feito pensando em nossos netos e bisnetos, não apenas na herança material que deixamos quando morremos, mas também, quantas árvores protegemos e quantas plantamos, quanto de CO2 e veneno deixamos de produzir e quanto de orgânicos foram plantados, não deixaremos mais nenhum saco plástico de polímeros poluidores, deixaremos a água doce limpa e pura, assim como os mares, ampliaremos a energia renovável e com muito esforço erradicaremos a fome e a pobreza e eliminaremos as diferenças sociais, que belo planeta deixaremos para usufruto das próximas gerações.

Portanto esse salto quântico será necessário para sairmos do hiper capitalismo, hiper consumo e hiper individualismo, algumas possibilidades surgidas no confinamento e que podem evoluir: a economia da vizinhança, agricultura familiar e orgânica, economia circular, consumir o necessário, praticar o preço justo, pedagogia social e a produção cultural como ampliador de nossas subjetividades.

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